Caso do controlador de vôo reacende a polêmica do estresse no trabalho e suas consequências para a saúde
O recente caso do controlador de vôo que teve um ataque cardíaco enquanto trabalhava evidenciou o problema de estresse de algumas profissões. Além dos controladores de vôo, que ocupam a segunda posição no ranking das profissões mais estressantes outras profissões consideradas altamente estressantes pela ISMA - (International Stress Management Association), associação que estuda o estresse – são, nessa ordem, policial e segurança, motorista de ônibus, pessoas que lidam com público, quem trabalha fora da sua área e jornalistas. O caso do controlador trouxe a discussão: esses profissionais têm como se prevenir?
O cardiologista da Quanta Diagnóstico Nuclear, João Vicente Vítola explica que o estresse é um dos fatores de risco de doenças cardíacas, além de diabetes, obesidade, hipertensão, sedentarismo, colesterol alto, tabagismo e histórico familiar. “É importante que a pessoa saiba reconhecer esse estresse para saber como lidar com o problema e se prevenir”, afirma.
O estresse faz parte do dia-a-dia da vida moderna e, muitas vezes, não tem como ser eliminado, além disso, pode ser associado a outros fatores de risco, como tabagismo e alimentação inadequada. “A combinação dos fatores de risco acaba aumentando ainda mais a probabilidade de se ter um problema cardíaco”, comenta o especialista.
O tratamento deve ser então preventivo, com o controle dos outros fatores de risco de doenças cardíacas, para ter um equilíbrio e não deixar que o problema evolua para uma complicação cardíaca. “Uma pessoa estressada deve praticar exercícios, cuidar da alimentação, controlar o hipertensão, o diabetes e não fumar”, aconselha o médico.
Check up do coração
Check up do coração
Outra forma de prevenção é estar sempre com o check up em dia. Faz parte da bateria de exames indicados: consulta médica, testes de esforço e eletrocardiogramas, além de exames mais específicos, de acordo com cada caso. Uma forma de avaliar o fator de risco ocasionado pela doença é fazer uma cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. "Uma investigação rigorosa da doença pode ser um grande auxiliar para o tratamento e para a prevenção", explica o especialista em Medicina Nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, dr. Carlos Cunha.
O exame, que costuma ser solicitado apenas pelo cardiologista, atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão recebendo fluxo sangüíneo, estão em repouso ou em movimento. De acordo com o médico, o resultado do exame pode ser decisivo para encaminhar o paciente para o tratamento necessário.
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