quinta-feira, 21 de julho de 2016

Empresas não respeitam leis trabalhistas


Recentemente publiquei que no ano passado o Brasil bateu o triste recorde com 2,6 milhões de reclamações trabalhistas.

Lógico que o maior responsável disso é a legislação ultrapassada, mas existe também uma grande parcela de culpa das empresas.

A terceirização é adotada a torto e direita e sem nenhum critério.

Empresários não hesitam em atropelar a lei. Basta olhar inúmeras vagas anunciadas para contratação como PJ. Ainda ontem, vi uma vaga ser anunciada como PJ ou CLT, dependendo do acordo a ser feito.

Escutei comentário sobre empresa que remunera um funcionário 50% como PJ e 50% CLT. Vejam que criatividade!

Os dirigentes sabem que estão correndo risco, mas resolvem assumir porque apesar dos custos das reclamações trabalhistas, ainda pode compensar, pois é comum fazerem acordos vantajosos para as empresas e minimizar potenciais perdas.

Se as autoridades um dia resolverem fazer um blitz no mercado e multarem todos os casos irregulares, a quantidade de multas será algo assombroso.

Na áreas do governo, fica apenas um discurso de mudança, mas com pouca efetividade nos resultados.

Deixo algumas ideias para esse governo tão curto de ideias:

- que façam uma especie de moratória sobre os casos em andamento, e que promovam ações para as empresas se regularizarem;
- que possibilitem às empresas optarem por CLT ou terceirização, mas que tenham regras e condições muito bem definidos;
- que facilitem a vida das pequenas empresas que não conseguem atender a empresas estatais devido a uma burocracia absurda.
- que criem uma especie de pequenas causas trabalhistas, para agilizar e resolver amigavelmente inúmeros casos de pequena monta que ocorrem todos os dias.

Mas o que podemos esperar deste governo e da classe política?

Discussões inócuas sem fim e atuação em favor de seus próprios interesses. Infelizmente não há luz no fim do túnel.

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