terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Substância presente nos alimentos pode causar câncer


O câncer de mama é o segundo câncer mais frequente em mulheres no mundo e nos últimos dois anos foram diagnosticados 49 mil novos casos no Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). As causas não são conhecidas, o que se sabe são os fatores que aumentam a chance de ter a doença. Entre os fatores de risco estão à idade, radiação, obesidade, ter filhos após os 35 anos de idade ou nunca ter, ingestão de bebida alcoólica em excesso e exposição excessiva a hormônios. Em relação aos hormônios existe um vilão principal: o xenoestrogênio.

De acordo com o nutrólogo e membro da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais Maximo Asinelli “xeno” significa estranho e “estrogênio” é o hormônio feminino. “Xenoestrogênio, também chamado de disruptor endócrino, é uma substância química que está presente nos alimentos, no ar, na água, nos ecossistemas e nos organismos vivos. Ela é estranha ao organismo, mas possui afinidade com os receptores do hormônio feminino. Ela imita o estrogênio, entra nas células e reproduz um efeito diferente que produz distúrbios e malefícios”, explica Maximo. Quando está no organismo o xenoestrogênio dificilmente é excretado e se acumula nos tecidos gordurosos, no cérebro, no aparelho reprodutor e em vários outros órgãos.

Esta substância é gerada pelas indústrias químicas, principalmente pelas petroquímicas, e está presente no dia a dia das pessoas. Plásticos, agrotóxicos, solventes, agentes de branqueamento, refrigerações, medicamentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e muitos outros possuem em sua composição ou são feitos de petroquímicos.

São muitas as consequências do xenoestrogênio no organismo como miomas, TPM, menopausa sintomática, ovários policísticos, endometriose, distúrbios de tireóide, nódulos, calcificações nas mamas, masculinizaçãodas mulheres e feminização dos homens. “Este disruptor altera as funções principais dos estrogênios e androgênios e causam alterações no comportamento sexual, depressão imunológica, deformidades genitais, cânceres de mama, ovários, útero, de próstata e testicular, além de problemas neurológicos”, afirma o médico. Maximo aponta ainda que mesmo que os adultos não apresentem nenhum sintoma seus filhos podem ser afetados.
Apesar de tão presente na vida das pessoas é possível diminuir a contaminação do xenoestrogênio. Maximo ressalta que o consumo de alimentos naturais não industrializados ou orgânicos é o ideal, pois possuem menor chance de conter a substância. “Se os alimentos não foram orgânicos evite comer a casca das frutas e legumes e não coma as sementes”, recomenda. Ele também sugere evitar o consumo de carne bovina, de frango e ovos oriundos de animais que são alimentados com ração e tratados com antibióticos e hormônios.



Doutor Maximo Asinelli (CRM-Pr 13037)
Médico Nutrólogo
Fone: 41 3015-6001
Endereço: Rua Professor Brandão, 50, Alto da XV, Curitiba/PR.

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