quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Com caminhão adaptado, médico leva atendimento de saúde a comunidades desassistidas

O projeto de Roberto Kikawa já beneficiou mais de 24 mil pessoas, em 15 cidades do Brasil

Roberto Kunimassa Kikawa, 40, é um dos seis finalistas da 6ª edição do Prêmio Empreendedor Social 2010, promovido no Brasil pela Fundação Schwab, em parceria exclusiva com o jornal Folha de S.Paulo. O prêmio destaca pessoas que atuam há pelo menos três anos de maneira inovadora, sustentável e com forte impacto positivo na sociedade ou em áreas como ambiente, educação, infância e saúde.

Esse médico paulistano criou o maior centro médico móvel avançado do mundo — conhecido como Carreta da Saúde —, que atende dez especialidades. Em 2008, um caminhão foi adaptado e equipado com aparelhos de diagnóstico de última geração, para tratar as doenças de mais incidência no país. Associado aos exames, o Cies (Centro de Integração de Educação e Saúde) promove a conscientização da população sobre cuidados básicos, prevenção de doenças e utilização dos serviços médicos públicos.

O método inova também pela gestão compartilhada, que envolve e mobiliza governo, empresas, sociedade civil e comunidades. Os atendimentos são autossustentáveis e baseados na tabela SUS (Sistema Único de Saúde). Já beneficiaram mais de 24 mil pessoas, em 15 cidades, de três Estados. Outros 50 municípios brasileiros manifestaram interesse na proposta, bem como países como Angola, Colômbia, Itália, Níger, Panamá e Venezuela.

Kikawa formou-se em medicina em Londrina (PR), tem especialização em gastroenterologia e mestrado nessa área na USP (Universidade de São Paulo). Desde a residência, atende em Heliópolis, região de alta vulnerabilidade na zona sul de São Paulo (SP). Já atuou no renomado hospital Sírio-Libanês. Atualmente, é diretor do hospital São Camilo e professor-titular do centro universitário de mesmo nome, além estar na direção do serviço de endoscopia de mais quatro hospitais.

Saúde ao alcance de todos
A concepção da carreta surgiu em decorrência de um antigo pedido de seu pai, que, antes de morrer, vítima de câncer, solicitou ao filho que se tornasse um profissional diferenciado pelo amor e atenção para com os pacientes. O apelo deu rumo à carreira de Kikawa. Lutando contra o preconceito, conseguiu implantar no Hospital Santa Marcelina, na zona leste de São Paulo, modelos de atendimento utilizados no Sírio-Libanês. Provava, assim, ser viável prestar serviço de qualidade no setor público na periferia, com mais de mil atendidos ao mês.

Em Itaquaquecetuba (SP), o médico testemunhou a realidade da população sem recursos: “Como falar da importância de lavar as mãos para quem nem água tinha para cozinhar?”, lembra. Dessa constatação nascia, em 2008, a base do que hoje é o projeto Cies: levar a qualquer comunidade atendimento médico preventivo especializado, humanizado e de alta tecnologia, focando em tratar, educar e prevenir.

Um caminhão totalmente equipado solucionou o desafio. Ele dispõe de ultrassonografia, manografia digital, endoscópico de pequeno porte e minicentro cirúrgico, ligados a um vestiário, salas de limpeza, desinfecção e esterilização, entre outras instalações.

Para a vendedora Ana Paula Andrade, 26, o projeto ajuda quem depende do precário sistema de saúde pública. “Não tenho plano de assistência médica particular. Quando fiquei sabendo do atendimento da carreta, liguei imediatamente. Aqui não preciso pagar, é tudo de graça e rápido. No hospital público, para marcar uma consulta, pegar pedido e fazer os exames, demoraria pelo menos 60 dias. Na carreta, fui atendida na mesma semana em que agendei. Sem dizer que um exame cardiológico custaria R$ 250 e o de mama, R$ 120” relata.

Para ampliar o atendimento do Cies, Roberto Kikawa estuda implantar outros dois tipos de estrutura móvel de saúde. Uma delas é a UTE (Unidade de Transporte Especial), van com equipamentos para exames de radiologia digital e ultrassom/ecocardiografia. A outra opção ganhou o nome de Transbox da Saúde. Trata-se de uma estrutura tipo contêiner, facilmente transportada por caminhão-guincho, catamarãs ou balsas, visando ao atendimento de populações ribeirinhas.

Site do Projeto Cies: www.associacaoebenezer.org.br

MAIS INFORMAÇÕES:
O Prêmio Empreendedor Social destaca líderes sociais que atuam há pelo menos três anos, de maneira inovadora, sustentável e com forte impacto positivo na sociedade ou em áreas como ambiente, educação, infância e saúde. Podem concorrer líderes de cooperativas, empresas sociais, ONGs e Oscips, além de pessoas físicas que executem iniciativas pioneiras —como a criação de um produto ou serviço, ou a aplicação diferenciada de tecnologias já conhecidas.
Vejam também:

http://www.google.com.br/url?q=http://jovempan.uol.com.br/videos/roberto-kikawa-fala-sobre-a-carreta-da-saude-48156,1,0&sa=X&ei=SLDtTKrCCsH68Aa878GaAQ&ved=0CC0QuAIwAw&usg=AFQjCNHXBTUfBfu50v_ZouObAEIcnuturQ


REALIZAÇÃO: Folha de S. Paulo e Fundação Schwab
PATROCÍNIO: CEF (Caixa Econômica Federal)
APOIADORES:
Apoio estratégico: sitawi.
Apoio: Artemisia Modelo de Negócios Sociais, Folha Online, The Hub Brasil, UOL, Sator.
Divulgação: Ashoka Empreendedores Sociais, Ceats-FIA (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Iats (Instituto de Administração para o Terceiro Setor), P&B Comunicação.

sábado, 20 de novembro de 2010

Pessoas fortes e atuantes é que fazem a diferença no mundo

A cada um é dado conforme sua capacidade. Pessoas fortes, persistentes e atuantes muitas vezes ficam com a impressão de que para elas as coisas são mais difíceis e que os caminhos que trilham são os mais árduos. Mas na realidade esse tipo de gente é que faz a diferença no mundo!!!


Fracos e acomodados parecem levar a vida numa boa. Eles chegam a debochar daqueles que lutam para melhorar o mundo. Na realidade, são vultos na multidão que não cumprem o papel que deveriam ter no mundo, e ao perceberem questões antiéticas, sofrimentos dos semelhantes e dos animais, chegam até a se sensibilizarem ou se solidarizarem, mas nada fazem para não se comprometerem ou para não sairem da zona de conforto. Esse tipo de gente merece pena! 



domingo, 7 de novembro de 2010

O TEMPO

Vinca o rosto
Enobrece o vinho
Refina o gosto
Ensina ao bruto

Cobra imposto
Fecha a trilha
Mostra o desgosto
Ensina o caminho

Educa aos filhos
Modifica o carma
Cicatriza feridas
Ensina a alma

Traz a  esperança
Entrega a herança
Renova a criança em nós
O TEMPO
Trará a era de um mundo melhor