O risco de fraturas aumenta à medida que a massa óssea diminui, bem como a história prévia de fraturas aumenta o risco para novas. As principais fraturas são da coluna vertebral, colo do fêmur e punho. A maioria das fraturas causa dor, incapacidade e afeta a qualidade de vida. Grande parte delas requer intervenções médicas, terapias físicas e/ou ocupacionais para sua recuperação. Entretanto, a fratura do quadril é a mais grave, pois na maior parte das vezes requer intervenções cirúrgicas, seguidas de mortalidade de 20% dos casos em decorrência a complicações clínicas, entre elas, a embolia pulmonar e as infecções. A fratura vertebral é a segunda mais importante, pois inicialmente pode ser assintomática, levando com o tempo à perda de altura, deformidades e dor.
Doenças respiratórias, prisão de ventre e saciedade precoce também podem ocorrer como complicações desta fratura.Os principais determinantes para o pico de massa óssea são: a hereditariedade, sendo que o pico de massa óssea ocorre ao redor dos 20 anos e é geneticamente determinado, podendo ser modificado por fatores ambientais e o estilo de vida. Múltiplos genes controlam o crescimento do esqueleto e o pico de massa óssea. Numerosos genes vem sendo estudados, entre eles o gene que codifica o receptor da vitamina D, receptor do estrógeno, proteína morfogenética óssea, entre outros. Outros fatores como os nutricionais (ingestão adequada de cálcio), exercícios físicos contra a resistência e ciclos hormonais influenciam no pico da massa óssea.A perda da massa óssea é um fenômeno universal do envelhecimento, que pode ter seu índice modificado por fatores genéticos, endócrinos e ambientais.
O processo de remodelação ajuda a explicar como a perda óssea ocorre na menopausa e no envelhecimento. Os fatores nutricionais bem como os níveis de atividade física podem agravar ou limitar a perda. O osso humano encontra-se em constante remodelação, na qual o osso velho é removido e substituído por novo. Vários hormônios regulam este processo. Na menopausa, ocorre a queda do estrógeno e conseqüentemente o aumento da reabsorção óssea. A pequena ingestão de cálcio ou o aumento da excreção induzida por dietas ricas em sódio ou proteínas pode estar associado a um maior do risco de fraturas.
O alcoolismo e o tabagismo aumentam o risco de osteoporose por inibirem a formação do osso, bem como o sedentarismo pode levar a uma maior perda de massa óssea.O diagnóstico da osteoporose é feito através da densitometria óssea, que pode medir a massa óssea de qualquer parte do esqueleto. Um software vem sendo desenvolvido para medir a massa óssea através da tomografia computadorizada. Toda mulher acima de 65 anos deve realizar a densitometria óssea ou qualquer mulher após a menopausa que apresente fatores de risco para osteoporose, entre eles o tabagismo, história familiar, baixo peso, história prévia de fraturas ou que esteja sob uso de medicações que sabidamente prejudicam a massa óssea como, por exemplo, corticoesteróides por mais de três meses. Todos os homens acima de 70-75 anos devem fazer o exame ou homens mais jovens que apresentem fatores de risco.
Após feito o diagnóstico de osteoporose, uma série de investigações devem ser feitas no sangue para descartar outras doenças associadas. Hoje há novos exames que são realizados no sangue que avaliam a remodelação óssea, ou seja, se o osso esta produzindo pouco ou reabsorvendo muito. A partir destas avaliações, o tratamento será instituído.Medicamentos específicos lançados recentemente já circulam no mercado brasileiro, divididos entre os que inibem a reabsorção óssea e os que estimulam a formação do osso. Entre os que inibem a reabsorção do osso temos os que são ingeridos via oral uma vez por semana, outros de uso endovenoso a cada três meses e um novo medicamento aplicado uma vez por ano via endovenosa, já utilizado para tratar a doença de Paget (alteração do processo de remodelação do esqueleto), que vem sendo aprovado para o tratamento da osteoporose.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine mostrou que a suplementação de cálcio e vitamina D produze apenas uma proteção limitada contra os riscos de fraturas ósseas nas mulheres após a menopausa. Os resultados deste estudo, efetuado com 36.282 mulheres na menopausa, com idades entre 50 e 79 anos, mostraram um crescimento modesto em apenas 1% na densidade da massa óssea no fêmur das mulheres que tomaram os suplementos, em relação ao grupo de mulheres que apenas tomou um placebo.
De acordo com este estudo, os suplementos de cálcio e vitamina D produzem "provavelmente um pequeno efeito positivo" sobre a prevenção de fraturas. Estes resultados são importantes para alertar às mulheres com risco de fraturas que elas não estão protegidas contra a osteoporose se ingerirem apenas cálcio/vitamina D, que servem como uma suplementação ao tratamento instituído.
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