As mais recentes notícias sobre saúde não negam que existe um número crescente de crianças acima do peso ou obesas no país. Estatísticas divulgadas mostram que 15% das crianças no Brasil são obesas. A obesidade infantil pode ser fatal e é um mal que provoca, ainda na infância, problemas de coluna, nas articulações, fere a auto-estima e leva à rejeição social. Orientação inadequada? Alimentação incorreta? Qual será a melhor maneira de fazer com que a criança perca peso e mantenha-se dentro do padrão definido?
Em torno dos dois anos de idade é que se define o número de células gordurosas de uma pessoa adulta. Uma criança com excesso de peso possui maior número de células gordurosas que uma criança com peso normal e, na fase adulta, aquele que tiver um número maior de células gordurosas, terá maior dificuldade em se manter magro, pois essas células, por serem numerosas, deverão conter pouca gordura dentro delas. Já aquele que tiver um número menor de células gordurosas, mesmo que em alguma época da vida engorde, não será um indivíduo obeso, pois possui poucas células que armazenam gordura.
A gordura corporal muda ao longo do crescimento e a quantidade de gordura considerada normal difere entre meninos e meninas e são usadas tabelas específicas de peso, altura e IMC para definir quem está acima do peso. O pediatra é o médico que inicialmente deve reconhecer esse problema e encaminhar ao especialista.
Basicamente, a obesidade é atribuída a aspectos ambientais, genéticos e comportamentais. A nutrição irregular, isto é, a ingestão de alimentos contendo altos teores de gordura, é considerada o grande vilão causador da doença. Somada à falta de exercício físico, outro fator importante, já com a modernização tecnológica foram adquiridas facilidades antes inexistentes, tem-se multiplicado o número de pessoas com excesso de peso.
A tendência genética a engordar quando existem casos anteriores de obesidade na família, também é decisiva para o desenvolvimento da doença. Filhos de pais obesos possuem cinco vezes mais chances de desenvolver o problema do que os que possuem histórico familiar saudável. Além disso, problemas glandulares também podem ser associados, apesar de nem sempre estarem diretamente relacionados ao problema.
Considerada uma doença de alto risco, crônica e reincidente, a obesidade é, sem dúvida, preocupante e merece devida atenção. Pensando nos milhões de brasileiros que já sofrem com o excesso de peso nas proporções em que a doença vem se desencadeando, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, ABESO desenvolveu a Campanha Nacional de Combate à Obesidade.
Focada na conscientização, a campanha tem como objetivo ressaltar os riscos da doença, promover estilos de vida mais saudáveis e enfatizar a importância do acompanhamento médico especializado, essencial em todas as etapas, desde a profilaxia até o tratamento.
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