quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Morte súbita cardíaca em atletas

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Sabemos que o esporte confere inúmeros benefícios para a saúde e , os riscos com essas atividades esportivas , costuma ser baixo. Os principais riscos , envolvem as complicações cardiovasculares e ortopédicas ( musculares e esqueléticas ).Esses riscos dependem de vários fatores , como o sexo , idade , aptidão física e a presença de doenças cardiovasculares ou de outra origem nesses atletas. A idade , em geral , é o principal fator de risco para os atletas.

Sabemos que durante uma atividade competitiva, o estresse cardiovascular ( associado a grandes aumentos do batimento cardíaco , da pressão arterial e da necessidade de irrigação do músculo cardíaco ) , pode ser um gatilho para um evento cardíaco fatal. Na maioria desses casos, uma arritmia cardíaca grave , chamada de fibrilação ventricular , é o mecanismo que leva à morte. A principal causa de morte súbita em atletas , são as doenças cardiovasculares.

A morte súbita durante a prática esportiva em atletas , com mais de 35 anos de idade , usualmente , relacionam-se com a doença arterial coronariana ( presença de placas de gordura , chamadas de ateromas , na parede das artérias do coração , as quais podem se romper e formar um coágulo que obstrui gravemente a artéria ) . Geralmente nesses casos , costuma haver algum fator de risco tradicional para a aterosclerose , com a hipertensão arterial , anormalidades do colesterol, tabagismo ou histórico familiar de doença cardíaca.

Em atletas com menos de 35 anos , as doenças de ordem genética e as mal-formações , predominam como as causas de morte súbita nesses atletas. Entre atletas , estudantes secundários ou universitários nos Estados Unidos , estima-se que ocorra uma morte para cada 130.000 homens e uma morte para cada 760.000 em mulheres. Um estudo italiano , que avaliou atletas ( média de idade de 26 anos ) , que tinham sido examinados antes de ingressarem em atividades competitivas , demonstrou uma média de 2.3 mortes para cada 100.000 participantes ( o risco em homens era mais do que o dobro do risco das mulheres ).

As principais causas de morte cardiovascular entre atletas com menos de 35 anos , segundo um levantamento publicado na conceituada revista médica New England Journal Medicine ( 2003 ) , são: miocardiopatia hipertrófica ( doença congênita , que acarreta um espessamento anormal do músculo cardíaco ) em 27% ; anormalidades congênitas das artérias do coração em 14% ; espessamento do músculo cardíaco de origem indefinida em 7,5% ; miocardite ( inflamação do músculo do coração , em geral , causada por um vírus ) em 5% ; ruptura de um aneurisma da aorta em portadores de Síndrome de Marfan em 3,1% ; displasia arritmogênica do ventrículo direito ( doença genética em que o tecido do músculo do ventrículo direito do coração , é substituído por tecido gorduroso e fibroso ) em 3% ; ponte intra-miocárdica ( doença em que a artéria do coração passa por dentro do músculo do coração, em uma parte de seu trajeto ) em 3% ; estreitamento congênito da válvula aórtica em 2,5% ; doença arterial coronariana em 2,5% ; miocardiopatia dilatada ( dilatação do músculo do coração ) em 2,3% e degeneração mixomatosa da válvula mitral em 2,3%.

O commotio cordis , é um trauma direto na região anterior do tórax , podendo levar a uma arritmia grave ( chamada de fibrilação ventricular ) que , se não for tratada imediatamente , leva à morte. O commotio cordis , por exemplo , pode ocorrer pelo impacto na região anterior do tórax por uma bola de beisebol ou por um trauma direto em uma partida de futebol americano. Em geral , não há um histórico de uma doença cardíaca prévia , em atletas vítimas do commotio cordis. Estima-se que cerca de 20% das mortes em atletas homens e jovens , nos Estados Unidos ( sem uma doença cardíaca prévia ), possam ser atribuídos aos casos de commotio cordis.
Atualmente , recomenda-se de forma rotineira, uma avaliação cardiológica antes do ingresso em atividades competitivas . Essa avaliação , consiste em um exame clínico , realização de alguns exames de sangue , eletrocardiograma , teste de esforço e ecocardiograma. Dependendo de cada caso , parte desses exames poderão ser repetidos , ao longo dos anos de prática esportiva.
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