Descoberta
em 1901, por Aloysius Alzheimer1, a Doença de Alzheimer atinge
principalmente pessoas com mais de 65 anos acometendo cada paciente de
forma única. De acordo com dados do IBGE, o Brasil tem aproximadamente
21 milhões de habitantes com 60 anos ou mais2, tornando a saúde do idoso
um foco de atenção. ”Com o envelhecimento da população é importante
entender, conhecer e saber reconhecer a DA, afinal, quanto mais cedo os
sintomas forem percebidos mais eficaz será o tratamento. Além disso,
existem alguns cuidados que podem diminuir os fatores de risco que levam
ao surgimento dessa enfermidade”, alerta Tânia Pacheco Ferraz,
psiquiatra e coordenadora do Projeto Terceira Idade (PROTER) da USP.
O primeiro sintoma da DA é a perda de memória?
Mito. A doença acomete incialmente a parte do cérebro que controla a
linguagem, a memória e o raciocínio, portanto, outros sinais podem
indicar a chegada do Alzheimer, como a dificuldade de executar tarefas
rotineiras, mudanças no comportamento, instabilidade emocional,
dificuldade de concentração e até mesmo problemas motores. É necessária
muita atenção quando um idoso apresentar uma ou mais dessas
características, já que os sintomas da Doença de Alzheimer podem ser
confundidos também com estresse ou fadiga. Ao perceber os primeiros
sinais, o paciente deve se submeter a uma avaliação médica, que pode ser
feita pelo clínico, que já conhece o paciente, por um neurologista,
psiquiatra ou geriatra. Exames físicos e laboratoriais, como testes
cognitivos, exames com imagens cerebrais e até mesmo o histórico do
paciente são analisados para melhor diagnosticar a enfermidade.
Palavras cruzadas, sudoku, jogos de tabuleiro e exercícios de lógica
ajudam a evitar o declínio cognitivo, um dos sintomas do Alzheimer.
Verdade. “Atividades que proporcionam desafio para a mente engajam as
estruturas cerebrais, o que pode prevenir declínio cognitivo” afirma
Tânia. Palavras cruzadas, sudoku, jogos de tabuleiro e exercícios de
lógica, por exemplo, fazem com que o cérebro seja exercitado,
trabalhando assim a organização e o planejamento.
Alimentos que contém ômega 3 ajudam a prevenir o Alzheimer.
Verdade. “Estudos realizados em animais mostram que a ingestão de ômega 3
reduz o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. O acúmulo dessa
proteína no cérebro está ligado ao desenvolvimento e progressão da DA”,
assegura a especialista. Ômega 3 pode ser encontrado em alimentos como
peixes, castanhas, nozes e óleos vegetais.
O Alzheimer acomete apenas os idosos.
Mito. Conhecida como Doença de Alzheimer de Início Precoce (DAIP), a
condição é caracterizada por um declínio mais rápido das funções
cognitivas, em pessoas com menos de 65 anos. Esses casos são mais raros e
correspondem a 10% do total3. Pessoas com histórico de DA em sucessivas
gerações da família possuem maior predisposição para o desenvolvimento
dos primeiros sinais desse mal antes dos 65 anos, mas a doença também
pode ocorrer sem antecedência familiar, devido a uma mutação em um dos
genes associados a DAIP4.
Doenças cardiovasculares aumentam o risco de desenvolvimento da DA.
Verdade. De acordo com a psiquiatra, o declínio cognitivo em pacientes
com problemas cardíacos é observado em cerca de 25% dos casos avaliados
após internações hospitalares5. Depressão, diabetes, tabagismo e
obesidade também são considerados fatores de risco para a DA, ou seja,
aumentam as chances de desenvolvimento da enfermidade.
A prática regular de exercícios físicos é importante em portadores da Doença Alzheimer.
Verdade. A prática regular de atividades físicas previne e controla a
hipertensão, diabetes, obesidade, problemas cardíacos, além de melhorar o
condicionamento aeróbico e evitar quedas. “Em pacientes já acometidos
pela DA, os exercícios físicos atuam melhorando a qualidade de vida e
retardando o avanço da doença”, explica.
A Doença de Alzheimer não tem cura
Verdade. Infelizmente não há cura, porém, já existem tratamentos que
retardam a evolução da doença e outros que minimizam os distúrbios no
humor e comportamento. Dentre eles, os inibidores da
acetilcolinestinesterase, que atrasam de forma significativa o declínio
da função cognitiva em pacientes com D.A. leve a moderada. Neste grupo,
Eranz (cloridrato de donepezila) é o único medicamento indicado para
todas as fases da doença. Vale lembrar que se iniciado já na fase leve
da doença, durante o surgimento dos primeiros sintomas, o tratamento
terá resultados ainda melhores. Contudo, o médico deve ser sempre
procurado para avaliar e indicar o tratamento mais adequado para cada
paciente.
Referências:
1.http://www.abraz.com.br/aloizalzheimer/
2.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf
3.LAKS, Jerson e TRUZZI, Annibal. Doença de Alzheimer Esporádica de
Início Precoce. Revista de Psiquiatria Clínica, vol.32, n.1. São Paulo,
2005.
4.Segundo o psiquiatra Cássio Bottino, os três principais genes afetados
por mutações associadas à DA são o da APP (10% a 15% dos casos de DAIP
familial), PSEN1 (30% a 70% dos casos de DAIP familial) e PSNE2 (menos
de 5% dos casos de DAIP familial).
5. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832005000300008&script=sci_arttext
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Pfizer
Ao completar 60 anos de atuação no Brasil em 2012, a Pfizer reforça seu
comprometimento com a saúde e o bem-estar das pessoas, trabalhando para
ampliar cada vez mais o alcance de pacientes a tratamentos de qualidade,
seguros e eficazes. Para isso, a companhia investe em pesquisa e
desenvolvimento de medicamentos para doenças importantes e para
necessidades médicas não atendidas, além de estabelecer parcerias para
possibilitar ampliação do alcance de seus tratamentos à população, por
meio de medicamentos genéricos e produtos maduros. Hoje, a Pfizer
oferece grande diversidade de opções terapêuticas que abrangem áreas
como saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos,
infecções, dor, doenças autoimunes, câncer, Alzheimer, entre outras. A
empresa também valoriza o apoio à comunidade e oferece suporte a
projetos sociais no País relacionados a saúde, educação e
sustentabilidade. No mundo, a história da Pfizer começou em 1849 com a
produção de insumos para medicamentos nos Estados Unidos (Nova York) e
se expandiu para mais de 150 países. |
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