Simesp lidera movimento dos médicos do Estado contra artigos da Lei Complementar 1.193 os valores dos vencimentos recebidos
Em reunião dirigida pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp)
nesta quarta-feira, dia 27 de março, mais de 60 médicos de diferentes
hospitais de São Paulo demonstraram insatisfação com artigos da Lei
Complementar 1.193, que instituiu a Carreira Médica e foi implantada no
início de janeiro pelo governo do Estado.
Após receber diversas denúncias, como vencimentos reduzidos,
irregularidades no pagamento do Prêmio de Produtividade Médica (PPM) e
médicos com 20 anos de exercício da profissão ser enquadrados como
Médico I, o Simesp teve a iniciativa de desencadear um movimento
estadual.
“Esta é uma luta sindical pura, completa e plena, mas não é exclusiva,
parcerias sempre virão para acrescentar. Médicos de diversos hospitais
já estão mobilizados, devemos nos unir para ganharmos força”, afirma o
presidente do Simesp, Cid Carvalhaes.
A realização de assembleias nos hospitais, a criação de um grupo de
estudos para análise dos pontos obscuros da lei e, principalmente, a
realização de um inventário das dificuldades nas unidades de saúde, como
a falta de insumos, equipamentos e médicos, foram alguns dos
encaminhamentos da reunião. “Reclamamos mais do que fazemos, está na
hora de inverter essa situação”, alerta Carvalhaes.
Histórico
No ano passado, em decorrência das várias críticas e da falta de clareza
de parte dos artigos da nova lei, o Sindicato dos Médicos apresentou
uma série de propostas de emendas ao projeto. As sugestões foram feitas
em audiência pública com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. A
bancada governista, maioria na Casa, impediu qualquer alteração no
texto original enviado pelo governador.
Desde dezembro de 2010 as entidades médicas negociavam com a
administração estadual o projeto de carreira do médico. Uma série de
reuniões foi realizada com as diversas secretarias - Saúde,
Administração, Planejamento e de Governo - para discutir as propostas do
projeto, inclusive com a criação de uma comissão de trabalho. Em 2012,
porém, instaurou-se o silêncio no governo, não havendo qualquer tipo de
diálogo com as entidades representativas da categoria até o dia 18 de
outubro, data em que a carreira médica foi encaminhada para a Assembleia
Legislativa de São Paulo pelo governo, sem prévia avaliação das
entidades médicas, o que havia sido acordado entre as partes.
• Leia na íntegra a cópia das páginas 33 e 34 do Diário Oficial
de 30 de outubro de 2012, com todas as emendas apresentadas ao projeto
de lei complementar n° 39 e endossadas pelo Simesp. |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário