Oito fatores de risco contribuem para 90% das doenças do coraçãoDe acordo com o doutor Salim Yusuf, cardiologista da Universitade McMaster em Toronto (Canadá), uma mudança no estilo de vida reduziria dramaticamente essa percentagem. "Os fatores de risco que contribuem para as doenças do coração não são novos. De modo geral, a maioria das pessoas já sabe que o cigarro, a hipertensão, o diabetes, a obesidade, o estresse, o sedentarismo, uma dieta pobre em fibras e frutas são determinantes de muitas doenças ", diz Alexandre Santos, cardiologista do Hospital Santa Paula (SP).
Na universidade canadense, estudo envolvendo cerca de 26 mil voluntários de 52 países revelou que mais da metade sofre de cardiopatias. "O elemento surpresa foi chegar à conclusão de que o fator hereditariedade prevaleceu em apenas 10% dos casos, quando se imaginava que seria o maior de todos os riscos ", diz Yusuf.
Para o médico brasileiro, o interessante é perceber que a população está morrendo de uma doença que poderia ser prevenida, estando em suas mãos alterar o estilo de vida. Aqui estão os oito fatores que alteram a saúde do coração:
Gordura abdominal: os conhecidos pneuzinhos duplicam as chances de se ter um infarto, tanto em homens quanto em mulheres. "A gordura abdominal é ativa em termos de hormônios, predispondo ao diabetes, à hipertesão e ao colesterol elevado."
Mau colesterol/bom colesterol: altas taxas de colesterol chegam a quadruplicar os riscos de infarto. Funciona assim: o mau colesterol (LDL) leva a gordura para as paredes das artérias; já o bom colesterol (HDL) limpa as paredes arteriais. Um estilo de vida sedentário e uma dieta baseada em gorduras aumenta o LDL e diminuem o LDL.
Diabetes: é especialmente arriscado para as mulheres, multiplicando por quatro suas chances de ter complicações cardíacas. Nos homens, mesmo que os riscos caiam pela metade, ainda assim inspira cuidados.
Comer frutas e vegetais: quem consome diariamente frutas e vegetais pode diminuir os riscos das cardiopatias entre 30% e 40%. Eles também baixam o colesterol, melhoram a taxa de açúcar no sangue e auxiliam na dieta saudável.
Exercícios: quando moderados, reduzem em 23% os riscos de os homens sofrerem um infarto e o dobro (46%) em relação às mulheres. Nem é preciso ser um maratonista. Basta caminhar regularmente no parque, por exemplo.
Hipertensão: homens, nesse caso, triplicam suas chances de sofrer um ataque cardíaco. No caso das mulheres, as chances dobram. Quando os vasos sangüíneos estão estreitos, forçam o coração a trabalhar mais - diminuindo sua vida útil.
Estresse: vida agitada, problemas de comportamento, ansiedade ou depressão podem triplicar os riscos das doenças do coração. Cardiopatas que sofrem de depressão têm quatro vezes mais chances de sofrer um infarto.
Cigarro: os fumantes têm entre duas e três vezes mais chances de ter um ataque cardíaco do que os não-fumantes. A fumaça prejudica as paredes das artérias, favorecendo inflamações e estreitando a passagem do sangue.
Fonte: Dr. Alexandre Santos, cardiologista do Hospital Santa Paula (SP)
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