Solidão, insegurança, horários e ritmos alterados, instabilidade de temperatura, tensão e ruídos em excesso são algumas das dificuldades diárias enfrentadas pelos motoristas de caminhões ou de ônibus que realizam viagens de longo percurso. Essas condições profissionais, altamente fatigantes, normalmente desencadeiam doenças como a lombalgia, mais conhecida como dor nas costas.
Segundo o médico João Augusto Figueiró, coordenador científico da sociedade sem fins lucrativos Aliviador e médico assistente do Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a lombalgia tem origem nervosa ou muscular. “Às vezes, a enfermidade também pode ser causada pelo estresse, pela fadiga ou contração generalizada devido à permanência numa mesma posição por um tempo prolongado, caso dos motoristas, que trabalham sentados por horas”, esclarece médico.
Aliado ao problema da postura, outros fatores estimulam o aparecimento da doença nessa categoria, entre os quais o excesso de peso, muitas horas de trabalho, sedentarismo, além dos descuidos com a saúde por ingestão de drogas, álcool e má alimentação. “Devemos destacar que a inversão do ritmo do sono, a ausência de pausas para descanso, a falta de alongamentos ou de outras atividades físicas também são causadores da lombalgia” diz Figueiró.
Outro vilão do profissional é o pequeno espaço para movimentação na cabine do veículo. São várias as tarefas realizadas na cabine, como monitorar controles e mostradores localizados no painel, teto ou em outro local. O esforço para desenvolver essas ações específicas faz o motorista mexer a cabeça, tronco, os membros inferiores e superiores de maneira desordenada, que causam dor na coluna, ombro e pescoço.
A Organização Mundial de Saúde estima que 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas (lombalgia aguda) durante a sua vida. E o número de pessoas que apresentam este sintoma cresce de acordo com o aumento da longevidade da população. A expectativa de vida dos brasileiros que ficava em torno de 60 anos subiu para 75. Portanto, o medico alerta que é necessário prevenir problemas espinhais e não prestar atenção à coluna somente quando se sente dor.
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