quinta-feira, 23 de julho de 2009

PARTO NORMAL OU CESÁREA?

Essa dúvida é bastante comum para a maioria das mulheres grávidas: qual é o melhor parto? Atualmente, quase 85% dos partos na rede privada e 31% da rede pública são cesarianas. Mas quais são os benefícios e quando são indicados esses tipos de parto?

Ainda hoje, algumas mulheres optam pelo parto natural - que é basicamente quando o médico simplesmente acompanha o parto, sem intervenções - como anestesias, induções ou rompimento artificial da bolsa. Neste caso, o ritmo e o tempo da mulher e do bebê são respeitados e, para alívio das dores, são utilizadas técnicas de respiração e relaxamento. A principal desvantagem desse processo é que pode levar várias horas.

Por outro lado, o parto normal pode ter intervenções do obstetra, acelerando o trabalho de parto e aliviando as dores com anestesia, mas sem prejudicar a mãe, o bebê ou a evolução do trabalho de parto. "A vantagem em relação à cesárea é a recuperação pós-parto é mais rápida", explica o dr. Edílson Ogeda, ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano. Além disso, há menor chance de infecções e hemorragias.

Tanto o parto normal sem anestesia quanto o natural pode ser realizado na posição em que a mulher julgar mais confortável: em pé, de cócoras ou até mesmo dentro d'água.

Quando optar pela cesárea?

A cesárea deve ser uma opção sempre que o risco do parto vaginal for maior do que pela cesariana. "Isso pode ocorrer em situações clínicas ou obstétricas que aumentem o risco para a mãe ou bebê, como por exemplo, em caso de desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve, infecções, gestantes diabéticas, hipertensas ou posição desfavorável do bebê", diz o dr. Ogeda. Os médicos também podem optar pelo procedimento cirúrgico quando um trabalho de parto não progredir naturalmente. Nestes casos, as complicações são mais possíveis, por se tratar de uma cirurgia de emergência.

A mulher normalmente recebe anestesia intradural - algumas vezes até geral. Em seguida, o médico fará um corte de aproximadamente 10 centímetros acima dos pêlos pubianos, por onde retirará o bebê e removerá a placenta. "Neste caso, a recuperação da mulher é mais lenta e a dor deve ser controlada com analgésicos. Além disso, há maior risco de infecção e de o bebê apresentar problemas transitórios", conta o dr. Ogeda.

Importância do pré-natal

Um bom acompanhamento pré-natal permite que o médico saiba de antemão possíveis problemas que podem obrigar à realização de uma cesariana. Alguns exemplos são quando a mãe sofre de pressão alta ou se é diabética. "Vale frisar que o melhor parto é aquele que traz o maior benefício para a mãe e para o bebê", diz o dr. Edílson Ogeda.

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