VIVER BEM COM DIABETES: DESAFIO POSSÍVEL

Com a evolução da medicina, muitas doenças crônicas que antes limitavam a qualidade de vida passaram a ser encaradas de uma nova forma. Com a adequada adesão ao tratamento e determinação para adotar um estilo de vida saudável, viver bem com Diabetes já é realidade. Em tempo: o Diabetes Mellitus acomete 7,6% dos brasileiros, sendo que aproximadamente metade desconhece ter a doença.

O jogador Washington Stecanella é um exemplo. Ele venceu as limitações de uma cardiopatia e do diabetes, tornando-se o artilheiro do Campeonato Brasileiro de Futebol 2004. Por conta de sua história, ganhou o apelido de Coração Valente. "Vemos que, quando o paciente encara a situação de frente e segue as orientações médicas, pode desfrutar de uma vida prazerosa", destaca a psicóloga Cinthia Prata, do Programa Gestor da Amil, que disponibiliza uma equipe multidisciplinar para acompanhamento personalizado aos clientes que demandam cuidados especiais.

Uma pessoa que recebe a confirmação de um diagnóstico de diabetes precisa adotar alguns hábitos. A mudança na alimentação, a prática de atividades físicas e o controle da glicemia são as principais medidas. Cabe destacar, que das três, duas devem ser adotadas por todos que desejam alcançar a longevidade, com qualidade: os cuidados nutricionais e o abandono do sedentarismo.

Alimentação - A dieta adequada ao indivíduo com diabetes compreende a ingestão de pouca gordura saturada, sal e açúcar; poucas calorias; muitas frutas, legumes e verduras; e alimentos integrais. Das orientações gerais, destacam-se: seguir corretamente o número de refeições, as quantidades e os horários prescritos; evitar alimentos com açúcar refinado (bolos, biscoitos recheados, chocolates, balas, mel etc) e gordurosos (bacon, toucinho, banha, pele, frituras, carnes gordurosas etc); comer carnes magras, assadas, cozidas ou bifes grelhados; evitar o consumo de mortadela, salame, salsicha, presunto e alimentos em conserva. Para resultados adequados, é recomedado o acompanhamento de um nutricionista.

Exercícios - Para a pessoa com diabetes, a atividade física traz diversos benefícios imediatos e tardios. Entre as vantagens que ocorrem logo no primeiro dia, estão o aumento da ação da insulina e a diminuição da glico-se sangüínea. Já os principais benefícios tardios são: o incremento das funções cardio-respiratórias, da força e da resistência.

Controle da Glicemia - Quanto à monitorização dos níveis glicêmicos, a Sociedade Brasileira de Diabetes destaca que tal prática contribui para uma menor necessidade de medicamentos. "É necessário manter os níveis de glicose entre 80 e 110 mg/dl em jejum e até 140 mg/dl após as refeições. Por mais desagradável que possa parecer furar o dedo algumas vezes ao dia, trata-se de um instrumento insubstituível para a manutenção da saúde", explica o endocrinologista André Mascarenhas.

O médico não é econômico nas dicas. "Informe-se sobre sua doença, leia o máximo possível de artigos e reportagens, ouça atentamente os conselhos dos profissionais durante as consultas. Essa área, como outros ramos da medicina, é muito dinâmica, apresenta uma constante evolução", compartilha Dr. André. "Vale lembrar que viver é um constante aprendizado e que, cada indivíduo deve encarar suas limitações como um desafio, sejam elas decorrentes do diabetes ou de qualquer outra situação", conclui.

Comentários

Marister disse…
Excelentes colocações, Ari. Tenho um filho diabético infanto juvenil, André Salmoria, 18 anos, é piloto de kart diabético. Foi justamente a diabetes que lhe permitiu patrocínio para iniciar sua carreira. A diabetes não o impediu de participar do campeonato Brasileiro de kart e fcar entre os seis primeiros de sua categoria. Seu principal adversário está fora das pistas, que é o controle da glicemia. Mas tem vencido firmemente este adversário com alimentação equilibrada, exercícios físicos e contagem de carboidratos.

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