Pesquisa conclui que a musicoterapia é eficaz como estímulo da função sexual
Estudo realizado com 72 homens que apresentavam desejo sexual diminuído constatou que a música exerce estímulo para a função sexual. A pesquisa, coordenada pelo médico terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior, foi realizada com pacientes entre 22 e 56 anos que se queixavam de diminuição da vontade de manter relações e demora em obter ereções.
O grupo examinado apresentava exames hormonais dentro da normalidade, porém a maioria fazia uso de medicamentos para facilitar a ereção. No caso dos 72 pacientes a falta de desejo estava ligada à dificuldade em expressar a sexualidade devido à conduta de gênero ou quadros depressivos. “Constatamos que a musicoterapia, associada a exercícios comportamentais eróticos, pode incrementar a libido e colaborar no restabelecimento das relações afetivas. A música é capaz de estimular centros do prazer, fazendo com que o corpo produza endorfina, dopamina (que estimula a produção de testosterona), acetilcolina (responsável pela produção de óxido nítrico, que ajuda na ereção), e ocitocina, substância liberada em seu potencial máximo durante o ato sexual. Isso possibilita uma entrega maior do homem durante o ato sexual, diminuindo suas resistências e favorecendo o desejo”, explica Dr. Amaury.
Após quatro meses de sessões quinzenais de terapia sexual com musicoterapia, 89% dos pacientes relataram um estreitamento do vínculo afetivo com a parceira, manifestado através de relações sexuais mais longas. “Ao desgenitalizar a relação, dando espaço a jogos eróticos, os pacientes demonstraram um resgate na confiança da rigidez peniana, possibilitando a suspensão do uso de medicamentos para a ereção”, relata Dr. Amaury. “A música dá vazão a instintos primitivos. Ao estimular o sensório, gera motivação e envolvimento, ajudando o homem a dissociar a penetração do ato sexual. Isso possibilita um vínculo amoroso e um maior investimento erótico nas relações. A penetração passou a ser uma opção, e a estar sempre vinculada ao desejo. O sensório-auditivo age como um fator facilitador neurocerebral, desarmando resistências rudimentares”, complementa o médico.
Dr. Amaury Mendes Júnior:Pós-graduado em Terapia Sexual pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH), e em Terapia de Casais pela Clínica Delphos, Dr. Amaury é Secretário da Comissão dos Estudos em Terapia Sexual do ISEXP (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática), e coordenador e professor do curso de pós-graduação em Educação e Terapia Sexual da Clínica Delphos.
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