De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono, 43% dos brasileiros sofrem de algum tipo de distúrbio enquanto dormem. A apnéia do sono é considerada um dos principais e atinge cerca de 4% das mulheres adultas e aproximadamente 9% dos homens adultos, principalmente em quem tem acima de 35 anos. Existem três tipos: a apnéia central, causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central, neste caso a pessoa não faz nenhum esforço para respirar e por isso não há entrada nem saída de ar pelos pulmões; a obstrutiva, que acontece quando alguma região da garganta está obstruída; e a mista, no início não há esforço para respirar, mas quando a pessoa tenta não consegue porque há alguma obstrução.
Gerson I. Köhler, ortodontista e ortopedista-facial da Clínica Köhler Ortofacial, explica que o ronco é a demonstração sonora que indica a existência de alguma anormalidade na respiração. “Quando há obstrução da faringe o ar não chega até os pulmões, mesmo que haja o esforço respiratório. Se ocorrer o fechamento ou o colapso da faringe então ocorre a apnéia”, esclarece. Quem sofre desta síndrome não percebe, mas quando está dormindo simplesmente para de respirar. “As interrupções são breves, duram geralmente 10 segundos, e acontecem no mínimo cinco vezes a cada hora de sono. Há ainda a hipopnéia, que ao invés de interromper completamente a respiração, reduz o fluxo de ar de 30 a 50%”, acrescenta.
O ronco é o sintoma mais comum, mas não é o único. Irritabilidade, depressão, redução da libido, impotência sexual, dificuldade de concentração, problemas de memória, suor excessivo durante a noite, pressão alta e dores de cabeça pela manhã também são sinais de que alguma coisa está errada. “A sonolência diurna acontece porque a interrupção da respiração faz a pessoa acordar várias vezes durante a noite. Esta fragmentação do sono prejudica a sua qualidade e impede que ele progrida para as fases mais profundas, nas quais o descanso é maior”, ressalta Juarez Köhler, outro especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial da Clínica Köhler Ortofacial.
A obesidade é um fator que prejudica a respiração, já que a gordura fecha o canal da faringe, órgão por onde passam os alimentos e o ar. Ela é responsável pela conexão entre o nariz e a boca e entre a laringe e o esôfago. Segundo Nilse Waltrick Köhler, fonoaudióloga e especialista em distúrbios miofuncionais da face da Clínica Köhler Ortofacial, o crescimento exagerado das amígdalas e a adenóide também podem causar esta síndrome. “A mal formação da mandíbula ou da faringe, a hipertrofia da língua, a diminuição da força dos músculos da faringe ou até mesmo a falta de coordenação dos músculos respiratórios são outros elementos que podem ser determinantes para causar a apnéia”, afirma. Os ossos da face também devem ser levados em consideração, principalmente nas pessoas que possuem o queixo e o maxilar pequenos.
Classificada entre as doenças que mais matam no mundo, a apnéia do sono aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e causa batimentos cardíacos irregulares – chamado de arritmia cardíaca- e hipertensão arterial. Também aumenta as chances de desenvolver resistência a insulina, o que pode levar a diabetes tipo 2 e de sofrer acidentes no trabalho e de trânsito devido à da fadiga. Segundo Gerson, a apnéia do sono diminui a qualidade de vida, principalmente devido à fragmentação do sono e a sonolência diurna. “É necessário um tratamento adequado para tratar este distúrbio e limitar os riscos de desenvolver estas doenças. O diagnóstico pode ser feito através da polissonografia, exame que permite testar durante o sono os potenciais elétricos da atividade cerebral, dos batimentos cardíacos, os movimentos dos olhos, a atividade muscular, o esforço respiratório, a saturação de oxigênio no sangue, entre outros parâmetros”, conclui.
Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
Site: http://www.kohlerortofacial.com.br
Twitter: www.twitter.com/gerson_kohler
E-mail: kohler1@uol.com.br
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